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CONFLUENCIAS 2020
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Concepto:

Al igual que la oruga, los humanos se encontraron en la urgencia de construir sus recintos y cerrarse al mundo exterior hasta estar listos para lo que no conocían.
Era necesario revisar valores, protocolos, hábitos. Aprendieron a estar juntos en la distancia, a cuidarse a sí mismos y a los demás. Experimentaron la libertad posible entre las paredes sabiendo vivir en confinamiento. Ejercieron paciencia, tolerancia, comunicación, cooperación y, sobre todo, respeto. Así como la oruga experimentó un largo proceso de metamorfosis interna.
​El artista es el que mejor describe el contexto de cada momento en la historia de la humanidad. Cada uno a su manera, con su herramienta y estética, nos cuenta la organización social, emocional y espiritual del tiempo vivido y de la eternidad. Casulo (Capullo / Cocoon) es el hábitat temporal para la transformación a vivir. Se trata de una exposición que registra el periodo de aislamiento social impuesto a la luz de la pandemia de 2020.
Casulo (Capullo / Cocoon)

Las obras seleccionadas para esta exposición retratan la dicotomía en el interior – exterior, interno-externo desapercibido en la rutina turbulenta vivida diariamente por los seres humanos. Los artistas trabajaron con los materiales disponibles y/o descubiertos en la investigación de lo que la casa guardaba: papeles, telas, líneas, libros, fotos antiguas.., el propio cuerpo. Hicieron visibles sus pensamientos y emociones como portavoces de los sentimientos de los demás. El arte asume el estatus de refugio y así como la religiosidad, es salvación.
La casa se convierte en el refugio seguro para el cuerpo. Casa y cuerpo, mundo interno y externo, casi en simbiosis, potencian los recuerdos y emociones humanas más profundas. La casa como metáfora del yo, como clausurado, el cuerpo encarcelado, asfixiado en sí mismo, pesado, enfermo, ansioso, temeroso, deprimido. La casa como comodidad es un espacio de resistencia, el cuerpo es fuerte, enérgico, productivo, creativo, amoroso. Casa y cuerpo como espacios para buscar el equilibrio entre lo real y lo imaginario. El aislamiento impuesto como cuidado, estar de vuelta en los brazos de la madre, como en la infancia, en busca de afecto y protección. Recuerdos de un tiempo pasado, volver a los objetos de estos recuerdos. Vivir la experiencia de falta, ausencia, de limitación. Vivir con lo que ofrece la casa. Afuera la naturaleza vive. Adentro, el humano sobrevive. El tiempo se mide por las hojas que caen, las flores que brotan, los frutos que maduran y el tamaño del anhelo por el beso, el abrazo, el cuerpo del otro y el deseo de la deslimitación. Las ventanas, los huecos, las rejas y la fibra óptica abren el contacto con el mundo exterior. Aislamiento impuesto como manipulación, afuera cubrir la boca para simbólicamente callarse o realmente protegerse. Cuerpos sofocados, enmascarados, irreconocibles. La máscara iguala y todo el mundo es un enemigo. Allá afuera el monstruo es invisible, silencioso. Dentro los monstruos son antiguos, ruidosos, inquietos.
El capullo se convierte, entonces, en una invitación a la reflexión y al autoconocimiento.​
Angela Caruso.
Artistas:
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Mônica Lóss
usa
“Coisas estranhas crescem aqui”. Novos tempos e novas formas vão sendo tramadas, compondo um novo universo estranho e inusitado, unindo retalhos de tempo que constroem uma simbiose entre o conhecido e o nunca visto. Será o imaginado ou o vivido? Será uma casa que abriga e protege essas memórias, ou é um ser animado em processo de transformar e transformar-se? De todo o ocorrido, só sei que “coisas estranhas começaram a crescer aqui”: corpo/casa, casa/criatura transitando entre dimensões oníricas em que a natureza destes seres não é exata, mas sim, deve ser intuída, uma vez que foi gestada na memória resultando um complexo emaranhado capaz de ser uma ponte no espaço/tempo.
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Ana Flávia Garcia
BRASIL
"Composições para a economia brasileira" tornou-se, nesse tempo de quarentena, minha maneira de abstrair, através da arte, do que vivemos hoje. Uma pandemia mundial, onde o que mais preocupa nossos governantes não é a saúde da população, e sim a economia. Ficamos cada dia mais frustrados assistindo as notícias, vendo o quanto a ganância atropela a vida. Desde o presidente, que nega a pandemia e só emprega ministros-economistas, tanto na saúde quanto na educação; quando, mesmo numa hora como essa, ainda há quem - e há muitos - que desviam o dinheiro da saúde para seus próprios bolsos. "Composições" me ajuda, todos os dias, a abstrair da frustração do momento, de usar o desenho como uma meditação e a arte como elevação. E, é assim chamado, para que, de maneira irônica, eu também possa homenagear a economia. 
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​Fábio Carvalho
brasil
E.P.I. (Equipamento de Privilégio Individual). Em seus trabalhos produzidos a partir de março de 2020, após o início da pandemia do covid19, Fábio Carvalho procura refletir sobre esta nova forma de viver, em reclusão, isolamento, quando o medo em relação a outro ser humano se torna imenso, quando as fronteiras se reduzem às nossas casas, à nossa pele, à mascara respiratória que promete nos separar da doença; somos todos agora vetores da morte. Tudo começou quando o artista fez à mão duas máscaras respiratórias para seu próprio uso, com sobras de tecidos de trabalhos anteriores. Porém, a primeira ficou pequena para seu rosto, e a seguinte, desconfortável para uso prolongado. Além disso, descobriu-se que o tecido usado não era adequado. Decidiu-se não desperdiçar as máscaras, e criar reflexões alinhadas com a sua produção artística até antes da pandemia, aproveitando outros materiais que o artista já dispunha em casa. Isto, por sinal, tem sido uma característica dessa produção, uma vez que não se pode sair para comprar materiais; é preciso lidar com as limitações e com a precariedade, que acaba por ser um reflexo da própria condição de vida deste momento: precária e limitada. "Como todos os seres vivos, assim como esse vírus que se reproduz em nós, queremos viver" (Eliane Brum, abril 2020). Então é preciso transformar a angústia, o horror, o medo, o ansiedade, em algo que ao menos nos dê algum sentido mínimo, que nos tire da paralisia, da depressão, e com estes trabalhos o artista encontrou uma válvula de escape, e alguma razão para seguir em frente. 
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​Verônica Laminarca Baroni
​São Paulo, Brasil.
​Obra 1: Conexão perdida, tente novamente mais tarde,  da série Quarentena, 2020.
Fotografia digital
Impressão jato de tinta sobre papel fotográfico.
Obra 2: Juntei os pedaços mas não parece certo,  da série Quarentena, 2020.
Fotografia digital
Impressão jato de tinta sobre papel fotográfico.
​As obras desta série apresentam dois planos: o do objeto representam o sujeito, o espaço privado; e o da janela representando o coletivo, o espaço fora e o olhar para além da situação do confinamento devido à pandemia e momento de distanciamento social do ano de 2020.
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​Zulmira Alves Correia
brasil
Respiros Poéticos: percursos, poesia e materialidades, trata-se da experimentação artística entre poesia e bordado, levando em conta a vivência em técnicas manuais e de criação literária autoral. É a própria escrita que leva a esse momento, uma forma particular de respiro, seu "eu", a alma, tudo num só. ​As páginas eram amareladas, sensíveis ao toque, se desfaziam em minhas mãos". Ao longo do manuseio, a costura e a linha vermelha guiam o leitor para conexão entre palavras, que juntas formam uma poesia que explica a própria obra. A poesia nasce da teia de conexões. Por conta da idade do livro e estado de conservação, as páginas carregam a sensibilidade e fragilidade do tempo. Por isso, algumas estão “soltas”, mas igualmente, unidas pela costura. Um laço. Conexão. Uma forma de questionar o próprio tempo.
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 Thiene Magalhães
Salvador de Bahia, brasil
​Destruição em Máscara. A crise gerada pela pandemia Covid 19 abriu o debate na sociedade que se questiona, de maneira latejante, o futuro da nossa espécie. Entendemos que a quarentena tem gerado discussões sobre nosso futuro e que, no geral, existe uma consciência da influência negativa da exploração sistemática e excessiva de recursos naturais e sua interferência no equilíbrio do planeta. O vírus e a imposição da quarentena trouxeram a possibilidade de parar, refletir e discutir. Trouxeram a possibilidade de olhar para nós mesmos, para os outros, mesmo através de uma máscara. As máscaras que nos garantem mínima proteção e que tb escondem verdades por trás do capitalismo e do consumo em massa. 
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​Paulo Fabre
sao paulo, brasil​
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​Josiane Dias 
Curitiba, brasil
​INSIDE | OUT Este projeto retrata o encontro de olhares de dois fotógrafos brasileiros, Josiane Dias e Paulo Fabre, que, apesar de distantes geograficamente e em diferentes fases da vida, fazem uma reflexão sobre a passagem do tempo e sobre a poética do cotidiano e das narrativas pessoais de cada um. Por razões distintas, tiveram seus olhares colocados dentro de uma caixa. Aos poucos, cada um foi percebendo a luz no espaço de dentro, vencendo as frestas e pequenos orifícios, formando paisagens e novos mundos no seu interior. A câmera escura - a caixa, é uma metáfora para os limites que a vida cotidiana impõe, a rotina com os filhos pequenos, no caso de um, e o adaptar-se à nova realidade do ninho vazio, no caso de outro. Ambos utilizam da fotografia para expressar as angústias e as impressões com a dualidade do viver: a realidade versus o imaginário. Desta busca surge um diálogo. Deste diálogo, uma estética, uma linguagem que brinca de revelar e esconder com a luz que entra pela janela da casa, que representa um lugar de passagem, fazendo uma interface entre o dentro e o fora e criando paisagens no imaginário.  A janela não aparece apenas como um filtro entre o interior e o exterior, mas também como um fragmento do mundo, uma imagem dentro da imagem, ligando o visível ao invisível, o conhecido ao desconhecido, entre o “outro” e o "eu".  O outro pode ser visto com os olhos, enquanto o “eu” requer um mergulho profundo num sonho lúcido, eterna busca pelo conhecimento.  O resultado são recortes efêmeros, lapsos de um tempo fugaz que quando sente-se notado faz questão de desaparecer, viajando nas formas que a luz desenha dentro das casas e na alma das pessoas.
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Adriana Villagra
paraguay
"Desde el Claustro Interior". ​En el claustro interior determinado por la existencia, Ella, esplendente, baila  bellas melodías con el aire que se cuela por la hendija trayéndole sonidos, aromas de libertad y remembranzas de antiguas danzas de amor. [ ] Su nuevo universo es este pero también no puede prescindir de aquel....y de alguna forma encontrará traspasar los escollos llegando a la luz plena. Autor: Roberto Amor Manzanal.
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​Clauky Boom
rio de janeiro. brasil
​Arte é potência de vida. Apresento duas obras da série ‘A Beleza dos Monstros’, que falam sobre esse encontro com você mesmo, intensificado durante o isolamento. Esse período de quarentena trouxe a necessidade de nos conhecermos e nos conectarmos com quem somos e o que queremos. Tentar impedir a mudança só traz dor. Todo sentimento é válido e merece ser sentido. Dói mais não sentir. É sobre aprender a gostar de si e respeitar seus sentimentos e escolhas. Olhar pra dentro e entrar em contato oferece a possibilidade de ressignificar o caos em arte, enxergando a luz na sombra e vendo a beleza dos seus monstros. Gosto de levar a linha para passear e mergulhar numa viagem ao interior da mente. Meus desenhos, com suas formas abstratas e curvas, costumam remeter ao fundo do mar. É nesse mergulho que me encontro e me expresso.
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Julia Bastos
​SÃO PAULO, BrASIL
Todo processo de transformação é necessário para crescermos, toda troca da casca necessita de momentos de reclusão para entender esse processo que se funde em nossa pele. Assim, como o batimento acelerado das asas da borboleta, o presente se entrelaça com o futuro reconfigurando a visão que nós temos de si e em relação com o mundo. Ao enfrentar a situação atual da história, aprendemos a lidar com as frustrações, angustias, medos e a solidão; tais sentimentos tornam-se mais presentes ao criar uma obra. Assim, ao lidar com as minhas memórias e fotos de infância relacionando-as ao lugar que cresci no trabalho “Jardim imaginário” e a obra interativa “A mocinha de Yaga”, vou tecendo e colando metáforas para tratar sentimentos tão recorrentes da vida adulta e cada vez mais evidenciados nessa época de isolamento. Brincando com o corpo que ora se esconde, ora é revelado debaixo da saia da mãe, retratando um olhar sobre o feminino, o qual é associado ao ambiente doméstico e a natureza. Sempre numa tentativa de alinhavar minha identidade como mulher artista.  A mocinha de Yaga, Bordado, colagem, xerox e pintura sobre tecido de algodão 40cm x 63cm. Jardim Imaginário, Colagem, desenho, xerox, grafite e lápis dermatográfico sobre papel jornal fixado em duplex 58cm x 40cm. 

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Menara Vieira
brasil
​O que pesquiso em meus trabalhos de arte é o abandono , a desimportancia daqueles que são considerados menores, inúteis descartados do olhar que acolhe, investe e acredita . Para essa narrativa uso fragmentos de tecidos ou objetos que encontro ou provoco . Na composição do trabalho utilizo a cor como tempo presente ,como elo de ligação dessa existência anterior ao hoje.Faco uso de pigmentos têxteis ou acrílica quando necessito de uma cor mais densa no fragmento que significa o elo.
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Bruna Granucci
Florianópolis. brasil
"Ovo próprio, a casa" escultura de ovo a partir de entulho de construção civil. ​O ovo de um pássaro, por mais simplório que seja é um universo inteiro para seu morador. Assim como o pássaro germina e cresce a partir de uma redoma fina, sua casca-casa, o homem edifica sua casa-casca e passa a pertencer à ela tal qual ela o contém. E eles encontram neste lugar a completude de pertencimento, um sentimento ancestral de não estar mais tão desprotegidos e sozinhos no mundo. O ninho, a toca, o ovo, a casa é o nosso próprio coração. Bachelard no texto A Poética do Espaço, me ajuda a compreender a relação intrínseca com a nossa própria morada. "Por vezes não só ocupamos a nossa toca, mas passamos a sê-la, como um caracol que habita sua casca, tal como a casca o contém, são uma coisa só." 
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​Rose Nascimento 
brasil
Segundo o dicionário o conceito de confinamento é; - 1.ato ou efeito de confinar(-se). - 2.clausura, isolamento. Partindo desse princípio, direciono o meu olhar para o meu corpo, para o meu próprio desconforto emocional. Em tempos de quarentena, precisamos falar sobre: D E P R E S S Ã O É um sentimento silencioso, que mescla tristeza, raiva e dor. Um vazio, uma ausência total de emoções. Um peso no corpo, como se ele estivesse cheio de chumbo e a mente dominada por um nevoeiro, como se o próprio ser se desfizesse e o corpo ficasse completamente estático, como se nem existisse. Uma fotografia que me permite expressar sentimentos, sensações e memórias. 
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​Guilherme Bergamini
brasil
Fiquem em casa, não é uma gripezinha!
Pesquisando na Internet sobre o novo coronavírus ( COVID-19) pelo mundo, vi o site do Ministério da Saúde do Brasil e deparei-me com uma lista dos 27 países que estão sendo monitorados pelo Governo Federal.
Listei esses 27 países citados na matéria de 3 de março de 2020, pesquisei no Google Street View aleatoriamente e apropriei de cada fotografia, encobrindo com círculos vermelhos as pessoas que aparecem na imagem.
É contraditório esse monitoramento realizado pelo Governo Federal pelo que observo nas ações praticadas pelo Presidente da República Federativa do Brasil. O que está em jogo, se é que ele entende, são vidas de milhões de brasileiros que sobrevivem a cada dia com o mínimo ou nada, uma desigualdade injustificável e impraticável.
E nesse conflito de vaidades, interesses e poder, podemos chegar a uma tragédia sem precedentes.
Nunca imaginei que vivenciaria uma pandemia e o confinamento social.
É aí que me vem a memória um trecho do  discurso de posse do Presidente eleito da República Federativa do Brasil, Jair Bolsonaro, em 01 de janeiro de 2019, em Brasília, no Distrito Federal, Brasil:
“Que Deus abençoe esta grande nação.
Brasil acima de tudo. Deus acima de todos.
Essa é a nossa bandeira, que jamais será vermelha. Só será vermelha se for preciso o nosso sangue para mantê-la verde e amarela.”
Parte do discurso de posse do Presidente eleito da República Federativa do Brasil, Jair Bolsonaro. 
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Isabel Bei
Brasil
As obras "Transições" e "Ambientes" são duas xilogravuras a cores impressas sobre papel, criadas por um processo de matriz perdida, em que exploro a ideia de dentro e fora a partir de formas de casulos e corpos. São trabalhos que tratam de relações entre continente e conteúdo. Foram produzidas em 2020, durante o período de isolamento social imposto pela pandemia, como uma tentativa de expressar como um momento de suspensão social nos faz olhar para dentro e para o próprio recinto que nos abriga como dois espaços de naturezas inseparáveis. O fora e o dentro são permanentemente transitórios, e um condiciona a existência e percepção do outro. A pesquisa do casulo como um invólucro que - ao abrigar e separar a lagarta - possibilita seu processo de crescimento, transformação e renascimento, já está presente em meu trabalho há cerca de três anos. Me interesso pelo estado de abismo criado quando um ser está contido e oculto, em que um corpo ora está recolhido e concêntrico, e ora está ansioso em irradiar movimentos para fora, num duplo movimento de reclusão e exposição ao mundo. Nesse estado de mistério, de alguma forma o conhecido e familiar se torna um estranho, que muitas vezes consegue ver mas que não pode ser visto.
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Bárbara Moira
brasil
"Sobre fincar raízes onde não há intenção de permanecer"
Sempre nômade. Desde a infância de lugar em lugar, que nunca foram pontos de acolhimento e muito menos mereceram o nome de lar. Nunca tive arrimo e talvez não saiba como ser arrimo-próprio; dando voltas e voltas ainda me encontro em um anti-lar. Trago em mim os mesmos calos e as mesmas cicatrizes que não gostaria de trazer; mas as violências que me atravessaram são as que forjam minhas narrativas e a minha dor-penitência de ser mulher, envolvendo minha forma de ser e estar no mundo.
A romantização da convivência familiar, principalmente no atual contexto pandêmico, acaba por ocultar a precariedade desses laços e seus desdobramentos violentos. No Brasil, só o crime de violência contra as mulheres, segundo a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, cresceu cerca de 28%, estimando-se que ainda há subnotificação dos casos. Além das mulheres, outras minorias ou pessoas em situações vulneráveis e de dependência econômica-afetiva como LGBTs, crianças, adolescentes e idosos; estão mais expostos a um ambiente tóxico familiar que lhes acarreta adoecimento psicológico ou risco de vida. A pressão de um maior tempo em casa, o estresse econômico e o próprio medo da pandemia são alguns dos fatores que propulsionam esse aumento de casos.
Como forma de desvelar essa realidade eclipsada pelo contexto do isolamento social, surge “sobre fincar raízes onde não intenção de permanecer”, uma série de fotografias construídas no período do lockdown, que tensionam a relação da impossibilidade do distanciamento do ambiente adoecedor e trazem para debate essa vivência de muitos(as) brasileiros(as). ​
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Adriana Granado
brasil
​Os Livros do Meu Pai consistem em uma série de autorretratos fotográficos, nos quais me aproprio livros impressos ou discos de vinil e os uso em performances encenadas, como máscaras. A ideia surgiu quando, fazendo quarentena na casa do meu pai, revisitei sua biblioteca e percebi que havia um grande volume de livros de biografia ou autobiografias e discos de vinil, e a maioria era sobre personagens masculinos. Ao descontextualizar os personagens biografados, inserindo-os em espaços comuns, o trabalho propõe, entre outras questões, uma maneira nova de explorar a natureza das representações da cultura de massa. Os personagens não são mais objetos a serem vistos, mas também sujeitos capazes de nos olhar. 
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​Paula Faraco
brasil
​Não escolhi estar neste momento no Brasil, na casa dos meus pais, onde cresci, que me traz tantas lembranças indesejadas. O confinamento é para mim uma experiência familiar nos dois sentidos. Meu quarto foi um lugar de isolamento e refúgio, ainda mais nas incontáveis vezes em que meu pai, homem autoritário e agressivo, me proibiu de sair de casa. Eu cresci, ele morreu; e saí do quarto, da casa e do país. Justo agora, estranhamente, estou de volta. Autoconhecimento, liberdade de expressão e sexualidade não são parte do meu passado neste quarto, mas vieram à tona. Combinados a isso, há o vazio e a tristeza com a absoluta imprecisão do que virá a seguir. Dentro da minha cabeça, batalho entre me manter desperta e produtiva ou me entregar ao devaneio de quem sou, o que sei, no que acredito, o que faremos ou quem seremos. Nessa série de autorretratos, esses pensamentos são imagens.
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Jade Liz
brasil
​A série Simbiose é composta por autorretratos realizados durante o período de isolamento social, no contexto da pandemia do novo Corona Vírus. Retrato de mais uma associação íntima entre duas espécies que vivem juntas, corpo humano e vegetal em uma atmosfera de isolamento e solidão. Ambos, em suas condições únicas de indivíduos, se unem, aconchegam e se complementam. O fundo de concreto se contrapõe aos tecidos orgânicos que se relacionam a sua frente. Um contraponto entre dualidades, sólido/flexível, permanente/efêmero, assim como entre os corpos vivo/morto.O corpo feminino solitário e a folhagem avulsa, deteriorada, se conectam isolados, alheios ao mundo exterior, assim como a demais elementos em cena. Necessitam da existência um do outro, combinando a fragilidade e delicadeza de seus corpos, cúmplices neste movimento entre sonho e delírio. Complementam-se como se fossem um único ser. 
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Claudia Wer
brasil
1- "ELPIS" tensiona o estado de presença do meu eu de ontem e de hoje em projeção para um futuro possível, uma rota de fuga do mundo pandêmico com suas outras máscaras. Uma troca poética em estado de imobilidade ativo e, paradoxalmente, não confinado, como forma de representação artística da imobilidade relativa e mascarada causada pelo isolamento social domiciliar. 2- "VIDA LENTA" traz minha experiência de confinamento e de desaceleração imposta na atual conjuntura do planeta pandêmico, uma busca de um eu profundo para viver os dias. Percebo o quanto o isolamento tensiona a relação com o tempo e proporciona um estado de presentificação alargado que busco experienciar e capturar neste trabalho.
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Kitty Paranaguá
brasil
​Fluctuación. Sin medios tonos, inmerso entre lo que entra y el contacto, permanezco. Me quedo en el redil, atrapo el espasmo. Desplegar. El presente como fin desequilibra el equilibrio del tiempo. Circunstado en el espacio, asimilo todo lo que no ha sucedido antes. ¿Me ahorco? Los puntos permanecen. La línea no. En el lapso de ese espacio, en el momento posible, miro hacia otro lado y me obligo a instituir el movimiento. Siento el desplazamiento necesario. Extiendo un brazo. Dos brazos. Muevo la pierna moviendo el aire. Restaurando el tiempo. Yo floto. El punto permanece. La línea no. 
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Julia Claro
brasil
El ensayo fotográfico “Santa y Puta” habla de la sexualidad y sufrimiento de las mujeres en cuarentena. Encarceladas por el placer o por la necesidad. Algunas en casa con sus agresores, otras aprovechando y descubriendo nuevas formas de sentir y conocerse. El shiburi es una práctica oriental que algunos entusiastas del BDSM utilizan para el juego sexual de dominación. El BDSM es la ligación entre el dolor y el placer. Para mi, ese juego sexual representa muy bien las complejidades de la situación de las mujeres en cuarentena. Las mujeres sufren, otras experimentan nuevas prácticas. Mientras la violencia doméstica contra la mujer aumenta durante la cuarentena, hay mujeres que exploran el dolor como una forma de obtener satisfacción. El ensayo “Santa y Puta” es sobre el poder de elección que, desafortunadamente, no alcanza todas las mujeres.. 
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​Saúl Alberto Salazar 
el salvador
1. Realidades: Los tiempos actuales, impensables antes, han traído cambios, precauciones.. Incluso algunos miedos distópicos se han apoderado del mundo mientras todos abrazamos la esperanza que lo cotidiano resurja poco a poco y que las cosas buenas pesen más que las malas. En esta obra pretendo contar la realidad actual y para ello he utilizado un retrato de un niño con una mascarilla de dibujitos. Los niños también cargan con el estrés diario y la incertidumbre de no saber cuándo volverá la ¨normalidad¨ y es que hasta tratar de explicar un tema que sale en todos los medios y del que los niños no pueden escapar se vuelve tan difícil y delicado. Simboliza nuestro pueblo cargado de emociones, pero la luz del brillo en sus ojos nos dice que todo mejorará.
2. Resiliencia, fuerza y esperanza: En las zonas rurales de El Salvador se manda a niños y niñas a realizar esta actividad de llevar maíz cocido en un huacal hacia un molino local comunitario, es conocida como “hacer la masa”; de esta manera se elaboran las tortillas para acompañar todas las comidas. Y con este atemorizante clima pandémico y vestidos de toda la fuerza para enfrentarla, se 
encaminan cada día porque sentir miedo no esta mal, pero rendirse ante el es morir en vida.
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Junior Franco
brasil
"Vida Imaginária" propõe um olhar multifacetado para as relações possíveis no momento presente. Se as circunstâncias de uma pandemia têm ensejado a proliferação de “lives”, (artísticas ou não) nas redes sociais, percebemos que as artes performativas não se inibiram e não interromperam seu fluxo, ao contrário: tem se reinventado. Este projeto é a minha resposta, em meu processo criativo, frente às im(?)possibilidades advindas do confinamento imposto pelas políticas sanitárias de combate ao Covid-19. A arte é sempre relacional, já disse o teórico e crítico de arte Nicolas Bourriaud. Então se o artista não para de criar, mesmo isolado, sem contato com o mundo externo nem com as pessoas lá fora, ele propõe outras formas de criação e, consequentemente, de relação. O fotógrafo, em seu casulo, vai tecendo seus novos fios condutores de acesso ao outro, através da sua lente, do seu desejo de chegar a lugares hoje quase utópicos. Neste projeto, lanço mão de toys – na figura do Lego, que tem marcado gerações após gerações - enquanto simulacro do desejo de circular livremente pelas ruas e clicar manifestações culturais, eventos esportivos, encontros despretensiosos de amigos ou as invisibilidades urbanas do cotidiano. O toy é a ressignificação da relação com o outro que continua regendo os anseios, as perspectivas, as trajetórias sutis do artista. Se as circunstâncias impõem reclusão, então a lente do fotógrafo subverte o impossível e propõe outras, novas e inesperadas perspectivas.
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Bruno Kunk
brasil
"Seduzindo a Cura". É um projeto experimental audiovisual que caminha na fotografia, instalação e um curta-metragem. Produzido durante o isolamento social, na sacada de casa. As seguintes capturas de imagens são parte do processo de criação de um curta-metragem caseiro, construído a partir das provocações das relações com o espaço, tempo e o povo de casa, durante o isolamento social.
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Maria Tereza Anater
brasil
​Chrysaliis, fotografia com intervenção híbrida. Chrysaliis – processo de dissolução do casulo (pupa) onde a larva dissolve ou rompe o casulo e emerge em outro estado. Na vida das borboletas, a crisálida representa o terceiro estágio (ovo, lagarta, crisálida e borboleta). As etapas a que está condicionado o ser humano, por sua vez, são 4 (criança, adolescente, adulto e idoso) e suas metamorfoses e transformações (emocionais, intelectuais e psíquicas) são inúmeras. Esta série busca representar, metaforicamente, o rompimento da casca que ao mesmo tempo que protege e amortece das dores do mundo, isola e afasta... O rompimento não se dá sem dor ou trauma (fogo), e só se processa no encontro e na interação com o outro.“No fundo, é isso, a solidão: envolvermo-nos no casulo da nossa alma, fazermo-nos crisálida e aguardarmos a metamorfose, porque ela acaba sempre por chegar.” - August Strindberg 
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Luisa Prestes
brasil
Trata-se de um trabalho em pintura acrílica sobre tela. Foi produzida durante o período de isolamento causado pela pandemia, misturando referências do realismo da obra Salvador Dali, com a minha própria experiência em isolamento. Desde março me encontro em pequeno apartamento, um espaço de pouco mais de 30m2 onde habito, estudo e produzo. O que poderia ter se tornado uma experiência claustrofóbica se revelou, na verdade, um período extremante produtivo e criativo. Pude expandir as potências de minha criatividade. Essa obra retrata esse rico universo interior. 
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Renata Amaral
brasil
​The cocoon provides protection for reflection and it is there that physical and mental metamorphosis has the time to happen. Flexible enclosure reveals life, movement and restlessness. Holes and fissures give space for flight and freedom. Renata’s cocoons carry a sense of transience from one place to another, from one state to another. These pieces encapsulate simultaneously the fragility and hope for the future. They express a promise of renovation. 
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Diana Chagas
​brasil
​Isolamento - é uma obra em pequeno formato, de caráter intimista que dialoga com o momento de privações em que estamos vivendo no mundo. Apresenta-nos uma paisagem, a qual só podemos ver por trás dos galhos, que aqui remetem às grades das janelas dos apartamentos, ou aos muros das casas que nos separam ou isolam do mundo exterior. 
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​Izabela Leal 
brasil
1. "Caixa de forças". A partir de pequenos recortes que sintetizam as polaridades com as quais lidamos, tais como "culpa e inocência", "amor e desamor", "prazer e dor" o objeto foi montado, ressaltando as intensidades que nos movem e que são tão fundamentais quanto a energia que circula no interior de nossas casas.
2. "Ela" apresenta a fotografia da sacada de um apartamento na qual se vê um manequim. A fotografia em questão foi cortada e montada em uma pequena janela que havia sido descartada na rua. Nesse sentido, a obra problematiza a relação entre o dentro e o fora, uma vez que, ao ser colocada na parede, produz a ilusão de uma janela que dá a ver o mundo exterior. Por outro lado, como num jogo de espelhos, a janela remete a outro habitat, no qual a figura humana, na verdade um manequim, ocupa um espaço limiar, não se situando nem dentro nem fora da casa. 
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Paula Carvalho
brasil
​A série fotográfica “Um voo para dentro” traz à luz as paisagens internas de uma artista no momento em que o mundo parou. Valendo-se da ideia de se autorretratar, a fotógrafa, que também é atriz, transforma a casa em campo de criação. Tudo em volta é fronteira. Os objetos e utensílios de uso cotidiano ganham novos sentidos assim como o momento presente. O ar é denso. Vê à sua frente os sonhos esmaecidos com o frio dos dias solitários. A arte salva! Ela sabe. Porém não há mais espaço para certezas. Salva? Desnudamento! O coração é uma luz pulsante. A imagin(ação) cria(dor)a transforma a cor da sala. Quarto, banheiro, janela, sofá, refrigerador. Agora tudo é poesia. E dor. E alegria. E esperança. Ao fim, percebe que ela é sua própria morada. E voar para dentro é horizonte. Sim, a arte Salva! 
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Darly Pellegrini
brasil
Irregulares certezas I, Irregulares certezas II
Está a sutil separação de algo que protege, abraça, mas também de alguma forma aperta e não se encaixa? Quando a capa protetora deixa de ser abrigo para se tornar amarra? Toda casca que envolve se acomoda e a robustez ou delicadeza tem que ser rompida para permitir que o interior cresça. Camadas de irregulares certezas e densas questões fissuradas depois da espera silenciosa ou cuspidas pela fúria da alma. O interior é revelado. No silêncio as mudanças acontecem. Oportunidade de selecionar o essencial em uma luta sem fim onde o que não nos pertence é deixado para traz numa busca pela própria completude.
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Susana Dourado
brasil
Carregar uma carga física e emocional intensa a como se vive no momento presente, nos transforma e nos molda ao
longo de cada dia e todos os dias.
Aprendemos a conviver com as bagagens boas e ruins, adequando-nos, ao que a vida nos apresenta, tentando
sobreviver, enfrentando batalhas dentro de si, que nem imaginamos.
Percebendo as mudanças mínimas, precisamos entender que o silêncio demorado, nos indica o abismo emocional
que já se encontra praticamente irreversível, mas transformador.
É necessário prestar atenção aos sinais que o nosso comportamento nos envia neste momento, para conseguirmos nos ajustar às mudanças que agora nos forçam a conhecer de perto a necessidade do outro.
Conviver é buscar o aumento de nosso potencial humano. Se nos esquecermos das relações humanas,seguindo esse
caminho sempre sairemos perdendo.
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Paulo Baraldi
brasil
Eu comecei a fumar em 2004, aos 14 anos de idade. Desde então o cigarro fez parte da minha construção identitária, uma extensão de quem eu era de quem eu era - parte constituinte; dir-se-ia fundante, do self. à chegada da pandemia ao brasil e a manifesta necessidade de isolamento social decidi que era hora de parar de fumar. daí surgiu medidas radicais (2020), composto por 70 adesivos de nicotina, utilizados pelo artista durante 70 dias como auxílio terapêutico à cessação do tabagismo. 
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Romuald Urbaniak
francia
"Tapa estatua II" y "Tapa Bolognesi" son dos fotos de la serie "Silencio o Protección" tomada en momento de cuarentena con tapa bocas sobre diferentes estatuas que representa el poder del estado, del gobierno, de la cultura, del pensamiento, etc.. Así nos lleva a la reflexión sobre qué esta pasando actualmente, si el aislamiento es realmente por la protección de la gente o para hacer callar la gente en repuesta a los eventos sociales...
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Natalia Rodríguez
Uruguay
1. "Enfermedades". Ésta obra, hecha con Lápiz y grafito  sobre hoja de canson 29,7 cm x 42 cm, expresa en sí, el desarrollo de una enfermedad, las limitaciones y el miedo. Hasta el punto de quedar en espera. La imagen muestra una persona en capullo en formación.
Podemos pensar en una transición hacia algo nuevo.
2. "Contagio". Vemos imágenes separadas formando una, el encuadre general es el aislamiento, la figura central, la soledad misma, el resto el contagio. El miedo presente al contagio, a contagiar. Miedos a los cambios, el no tener más control y proyección sobre la vida.
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​Henrique Ribeiro
brasil
​"Habitus" é uma pequena instalação que comporta, além de elementos naturais, recortes de imagens associados a uma habitação para pássaros construída manualmente por humanos. O termo habitus remete tanto à noção de hábito, modo de ser de um indivíduo ligado a um grupo social, quanto ao local em que tal indivíduo mora, habita. Assim, a partir desse jogo linguístico e visual, pretende-se trabalhar os contrastes e ambiguidades do período atual em que vivemos.
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Sun Hee Moon
corea
​A evoluçao é um percurso natural, quase obrigatòrio. O ser humano controla sò uma pequena parte da evoluçao do mundo. Somos realmente pò de estrelas, e o mundo, maravilhoso e inclemente, continua a existir sem nòs. A mudança que podemos controlar é interior. Mente, coraçao, alma e açao. Durante o meu periodo de lockdown na Itàlia, percebi o quanto a natureza vive, enquanto nòs homens tentamos sobreviver. Fiz 200 passarinhos de argila, que representam a promessa de um reencontro... e dei o nome de "Still life" a esta série de quadros. Nao pensando a natureza morta, mas na traduçao de "still" como estàtico, vida estàtica, ou "still" de ainda... ainda vivo. 
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​Irene Guerriero  
brasil
​ Viver em um país com vistas coloridas e luz intensa tem um impacto significativo no trabalho, além do movimento psicodélico dos anos 1960. Através de observação do mundo ao redor, procuro um ajuste entre a natureza externa e interna, concomitantemente. Tendo uma função compensatória à dureza do mundo, busco construir paisagens oníricas, que revelam padrões da natureza.  "Qual O Melhor caminho?" 2020.
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Ana Beatriz Bahia
brasil
​CASA:CAMPO é uma produção híbrida, não apenas por mesclar ‘pintura objeto’ com fotografia, mas pelo modo como a remixagem de produções anteriores é feita. Tanto os objetos quanto os elementos da paisagem fotografados (um ninho, neve agarrada a um tronco, uma árvore à beira da morte por ter sido tomada por um fungo, entre outras) têm caráter eminentemente efêmero ou limítrofe da morte. Contudo, quando hibridados digitalmente, fortalecem-se mutuamente, ganham outra possibilidade de (co)existência. A aderência do objeto à paisagem foi “bem feita”, quero dizer, busquei criar certa ilusão de que o objeto sempre esteve lá; mas o ilusionismo é limitado, para que se envolva o espectador num jogo que problematiza a coexistência de objeto e contexto, casa e campo, dentro e fora, pois em certas partes das obras evidencio a fotomontagem, a impossibilidade de a obra ser mera captura de mundo. Assim, a série CASA:CAMPO é uma combinação heterogênea (não busca a homogenização) dos elementos que ali são colocados em diálogo, e cuja poética faz ecoar a falta de estar ‘em campo’ tão eminente nos tempos de ficar ‘em casa’ que hoje vivemos. 
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Alvaro Herrera
colombia
Con esta propuesta como en las otras que he realizado en relación a especies vivas, busco crear metáforas y exaltar esa vida simple. Esas sencillas vidas también pueden darnos un impulso creador, sus pequeños gestos, pueden complementarse con los nuestros, su tiempo efímero, es finalmente el nuestro también. El origen de las dos obras que presento, es un proyecto de investigación artística amplio que titulo GONATODES ALBOGULARIS. En este caso me intereso por la fauna que vive dentro de muchas de nuestras casas y que ha compartido con nosotros este periodo de pandemia.
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Sebastián Felipe Rojas 
colombia
​"Encerrados". Partiendo de mi experiencia personal frente a la situación de cuarentena que se vive en Bogotá, donde se ha visto limitada la movilidad con el espacio exterior, fuera de casa, que si bien las actividades diarias no se han afectado en todos los habitantes, si se han transformado haciendo el espacio de la casa un lugar que donde confluyen las distintas facetas de la vida diaria haciendo de este lugar, un lugar insuficiente para albergar al individuo en su totalidad. ¿que aspectos de la vida superan ese lugar llamado casa? 
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​Mateus Roza 
brasil
​O figurino “Lixo” foi criado quando resolvi lidar com a minha dor de existência: ao rasgar minha própria casca e me forçar a olhar o que havia por dentro. Encontrei coisas que não faziam mais parte de quem eu era, mas ainda ocupavam espaço dentro de mim. Sendo assim, lixo. A obra é um traje porque simboliza a experiência humana com o mundo; e se o corpo é uma coleção de informações agregadas durante a vida, o traje simboliza o lixo que carregamos todos os dias. Na situação de isolamento social causada pela pandemia do COVID-19, estamos presos em casa na companhia do nosso lixo interno. Se não encararmos esse lixo e lidarmos com ele, seremos sufocados, porque ele continuará se acumulando. Não é apenas o sentido metafórico do lixo que a obra evoca, contudo. Vejo a descartabilidade da vida humana por parte do poder público, e a sensação de estarmos sujos e contaminados. Como não intoxicar as relações com o medo do outro e de mim? A obra questiona a existência do lixo no mundo e dentro de nós. Enquanto o ser humano não se propuser a lidar com seu lixo, continuará se sentindo sufocado por ele. Em nossa situação pandêmica, isso se escancara: pessoas estocando comida e produtos de limpeza, as vidas humanas descartáveis que viram apenas números em uma estatística, e a claustrofobia causada por termos que encarar diariamente o lixo que habita do lado de dentro.
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Teresita González
paraguay
1. "Transformación". A raiz de la cuarentena impuesta en casi todos los países del mundo, ansiamos una libertad exterior, pero teníamos una libertad interior?, y de no ser así seríamos capaces de transformarnos, de trabajar por conquistarla?.
2. “Ventana”. En este tiempo adquirió suma importancia, ese lugar por donde respirar un oxigeno mental. Cada persona construyó su refugio interno/externo para poder sobrevivir y yo no estuve ajena a ello. El balcón de mi casa fue mi refugio predilecto, mi ventana al mundo exterior, mi forma de respirar el aire de la calle, esa calle tan necesaria y tan prohibida a la vez. Ese balcón adquirió una rara fascinación para mí y fui fotografiando, día tras día, una porción de paisaje que siempre se mostraba distinto. Distinto el paisaje y distintas la emociones que me llevaban a ese lugar. Sitio de introspección, de reflexión, de dudas y certezas, siempre el mismo y distinto a la vez. Si tuviera que elegir un lugar/símbolo de la pandemia es este para mí.
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Rose Osório
brasil
​Esta tela foi concebida no período da pandemia do Corona Vírus , e compõe a série Verdades Paralelas,incitando a reflexão sobre o humano, para além da dimensão física.
O titulo “Avatar” remete ao termo de origem hindu que descreve uma situação da religião, na qual um deus vinha a terra e tomava formas humanas para interagir no plano físico.
Tendo como tema principal a transcendência, busca captar um momento dramático,quando isolados e postos conosco mesmos, percebemos a grande rede da existência, que nos torna um. Inspira cores dramáticas, vivas e impactantes com a intenção é traduzir o oculto, o pulsante, o imaterial; a catarse do fato.
Os personagens transpõem o impenetrável, a consciência fundamental, revelando a conexão com o todo, na direção do amor, na qualidade de ser; opostos à direção do medo, do ego e do caos.
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Camila Alemany
chile
"​Intimidad”. Realizada en mayo de 2020 trae fragmentos del cuerpo de mi compañera Thiene y toda la intimidad que existe entre nosotras. ”Luna”. La fotografia fue realizada en julio de 2020 el día 120 de nuestra cuarentena forzada. La imagen busca traer poesia en días difíciles, donde nada parece posible pero, al mismo tiempo, todo puede ocurrir. 
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Filipe Matos
brasil